sexta-feira, 22 de abril de 2011

Se o Brasil é o país do samba e do Futebol, porque diabos eu tinha de nascer aqui?

 Eu odeio futebol e samba, quase fico de luto durante o carnaval e a copa do mundo. Eu sou realmente sortuda porque El Matador também odeia futebol (deve ser trauma de infância, afinal ele quase quebrou o braço na única vez que tentou jogar), sendo assim jamais serei trocada por uma televisão nos domingos à tarde. Ele também odeia carnaval, então nunca tenho de me preocupar em ter de acompanhá-lo até o meio de alguma multidão sem noção, que só tem gente suada, bêbada e fedida, só pra ele se divertir e também não tenho de ficar agarrada ao pescoço dele com medo que, na menor das distrações, ele seja estuprado por uma carnavalesca maldita do inferno! Eu odeio samba, axé, pagode, forró, sertanejo, todas essas coisas insuportáveis aos meus ouvidos que são tão tipicamente brasileiras. E futebol é um esporte homossexual (repito, não sou preconceituosa) e bruto, quer dizer, quando os caras não estão se abraçando e se beijando, estão dando porrada. Sem falar da torcida, né? Um monte de gente sem noção que quer matar os outros porque o time perdeu. Quem ganha toda a grana são os jogadores, os torcedores só perdem o dinheiro do ingresso e agem como se fossem os próprios jogadores, como se pudessem ganhar o jogo espancando ou matando alguém, e também tem o fato de que eles acham que os jogadores são obrigados a ganhar sempre, que o juiz tá sempre roubando e que é tudo culpa do técnico. Coisa de doido. Té parece que são esses babacas da torcida que vão jogar em time gringo, ficar podre de rico e casar com loira peituda num castelo caso o time ganhe!



Em épocas de copa eu quase tenho um colapso nervoso. É fogos, os trouxas gritando na rua, fazendo mó baderna, pulando de alegria, comemorando por nada. Afinal quem ganha a taça, a grana, a fama e tudo mais é quem tá lá, correndo atrás da bola, e não quem tá aqui se esgoelando que nem um condenado com falta do que fazer! Na última copa Matador e eu ficamos implorando pros céus pra que o Brasil perdesse de uma vez, pro povo parar com toda aquela algazarra descabida. Demorou mas, Háh, eles não ganharam e a comemoração abestalhada teve fim! Úhú!!

Calçinhas.

Eu odeio aquelas micro calçinhas, as transparentes e aquelas todas de renda. As outras garotas podem dizer o que bem entenderem sobre essas serem as calçinhas que os caras gostam e os caras podem dizer o que quiseram sobre essas calçinhas serem sexys, mas eles não têm que achar nada, afinal de contas não são eles que têm de usar mesmo. Ah, as tanguinhas são ridículas, nem tem parte de trás de verdade, é só um fiozinho que fica cortando a bunda, e pior ainda aquelas que são de renda ou de tecido transparente, se mostra tudo, é meio besta gastar dinheiro com uma calçinha assim, se é pra usar isso, acho melhor ficar pelada, é mais confortável. Vocês já viram aquelas de zíper? Será que aquilo não assusta os caras? Tem uns que realmente acham até engaçado, e aquelas de plumas muito feias, mas é só pelo exagero da idéia mesmo, a maioria gosta de ver essas micro-coisas desconfortáveis, horrorosas, ridículas que eu prefiro chamar de calçinha de puta.



Nunca gostei desse tipo de coisa, sempre preferi algo bonito e confortável, que sugira uma espécie de sensualidade inocente, tipo aquelas de tamanho normal com rendinha, mas nos lugares certos, em pedaços, tipo dos lados, mas não nela toda, esse tipo de coisa acho que tem que ser de bom gosto e não vulgar. As minhas favoritas são aquelas com estampas bonitinhas, tipo gatinhos, cachorrinhos com flores, bolinhas, corações, meio calçinha de criança mesmo, e também as cuequinhas femininas que são uma graça, (uma vez um professor disse que o tempo pras mulheres tá tão moderno que tudo que é delas é mais legal, até cueca elas já usavam e eram mais legais, tinham desenhinhos, cores diferentes...), essas são bem confortáveis. Tenho uma super fofa, vermelha com bolinhas pretas na frente e dois coalas comendo melancia atrás, quando ganhei ela tinha cheiro de morango, que durou bastante apesar de todas as lavagens. Também tenho umas com gatinhos, cachorrinhos, uma com estampa que imita jeans, e por aí vai... Também tem umas que chamam de caleçom, são quase um shortinho na verdade, mas são lindas, tenho uma cor de rosa com babadinhos nas costuras e estampa de gatinho no bumbum, muito meiga, meu sonho é ter uma calçinha cheia de babados na parte de trás, tipo aquelas calçinhas de nenê, sabe? Aquelas super bonitinhas, que são feitas pra ficar à mostra mesmo. Tô pouco me lixando pra opinião masculina a respeito de calçinha, ou qualquer outra coisa, francamente, se eu é que tenho de usar, uso o que quero, o que gosto e acho legal.


Também acho ridículo aquelas roupas de sexshop, tipo enfermeira, empregada, etc. El Matador já disse que também não gosta dessas coisas, mas uma garota uma vez me disse que ele disse que não gosta porque eu disse que não gosto, mas ele sempre me pareceu ter senso de ridículo. Tá que tem gosto pra tudo, mas eu acho o maior mico aquelas coisas... Sou super agradecida por ele ser completamente desprovido desse tipo de idéia e insanidade, enfim, eu não usaria nada disso mesmo se ele gostasse e muito menos se me implorasse, é vergonhoso demais.

Funk tá na moda!

Já faz algum tempo desde esse terrível fato. Quase todo o mundo já tinha se esquecido dessa história de pankdão, menos o povo lá do Rio e os frequentadores de Baile funk, mas aí, de repente, essa merda volta com tudo, e umas bandas estranhas apareceram fazendo o maior sucesso com direito até a clipe na MTV. Daí todo mundo começou a dizer que gosta e as meninas voltaram com aquela história medonha de ir pro baile funk sem calçinha (depois o povo se pergunta por que tem tanto filho sem pai por aí). O caso é que funk virou moda e era chique dizer que gosta de funk. Desse jeito eu prefiro ser brega mesmo, porque não consigo gostar de toda aquela putaria e aquela batida sem criatividade. Afinal de contas eu não sou cachorra, e eu sei que a p... da b... é minha, mas sinceramente não sinto vontade de sair cantando isso por aí, não. Cadê a poesia, a melodia encantadora, o instrumental arrepiante? Se não tem isso então não é música!